sábado, 20 de fevereiro de 2016

Apaixonar-se

Quando sua melhor amiga diz que você tem medo de se apaixonar, é porquê o assunto é sério. Mas, primeiro, o que é, exatamente, "se apaixonar"? O que é, exatamente, "ter medo"? Eu particularmente não sei. Tenho apenas 15 anos, não deveria saber mesmo.
Você pode ler vários livros sobre o amor. Paixões épicas. Em cada um, vai encontrar um tipo diferente de amor. A garota nerd, que nunca é notada por ninguém, que se senta sempre a frente da sala e fica sozinha com seus livros no intervalo, conhece o bad boy da escola, o cara que nunca segue regras; A garota mais popular do colégio se apaixona pelo novato deslocado, ficando contra suas amigas; A menina nova, que parece perfeitamente normal, que tem uma vida normal, um namorado normal, acaba sentindo alguma coisa por uma outra garota, líder de torcida talvez; O jogador do time esconde dos pais que se relaciona com um rapaz da faculdade, porque tem medo de contar a verdade; E cada um deles, contará detalhadamente como é se apaixonar perdidamente.
Mas, há uma diferença entre a teoria e a prática, não é mesmo? Então, ler sobre o amor, não nos prepara muito para ele em si, acredito. Na adolescência, temos o hábito de dizer que estamos apaixonados, sem nem ter ideia do quê estamos falando, "somos impulsivos", os adultos diriam. Eu nunca quis ter alguma dessas paixonites da adolescência, não por medo, como minha amiga diz, mas por uma questão de liberdade pessoal.
Algumas pessoas se sentem incompletas, e assim, buscam a sua outra metade. Eu nunca tive essa necessidade, até gosto de ter um "affair" ou um "crush", gosto de flertar, parece que nos sentimos mais... Poderosos, sei lá. Mas daí, ter um relacionamento,não é para mim. Me sinto completa apenas comigo mesma, algumas pessoas podem achar que isso é apenas uma maneira de eu ser "do contra", mas não, eu me conheço o bastante para saber o que estou falando. Claro, tenho meus momentos de carência, meu Deus quem não tem? Mas eles não duram muito.
Então, não, não tenho "medo de me apaixonar".  

terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Quem sou eu

Esse mundo é bem estranho, diga-se de passagem. Todo mundo tem uma necessidade estranha de rotular tudo e a todos, principalmente se você, como eu, é um adolescente. Não estou dizendo que não rotulo ninguém, muito pelo contrário, dou apelidos para todos que conheço, baseado na personalidade, nunca digo os apelidos em voz alta, isso me mataria de vergonha, é uma coisa minha mesmo. Mas, também, não é uma coisa que eu tenha orgulho, é algo parecido com "Julgue um livro pela capa", e todos nós sabemos que não devemos fazer isso, embora uma capa bonita sempre nos ajude a comprar um livro, estou mentindo?
Olhando para alguém, temos sempre duas opções: Patricinha ou Roqueira, Nerd ou Descolado(a), Almofadinha ou Bad Boy, Batom Rosa ou Batom Vermelho. Não existe um meio-termo não é?   
Mas eu cansei disso. Cansei de julgar um livro pela capa, um batom pela embalagem. É tão mais fácil conhecer uma pessoa, do que ficar imaginando como ela é de verdade. Eu, por exemplo, sempre fui rotulada como patricinha, mas depois que as pessoas me conhecem me falam o quanto estavam enganadas.